sexta-feira, 19 de julho de 2013

Falta remédio em Palestina, e dependente de psicotrópico se salva com sobra de medicamento de um falecido

DENUNCIANTE QUESTIONA:
"Que administração é essa onde chefe de almoxarifado sabe mais da política de medicamentos que o responsável da Saúde Pública?"




O prefeito Nandão (PP)- Fernando Luiz Semedo, não está cumprindo a lei que obriga as prefeituras a manter em permanente estoque os medicamentos básicos para doação a pacientes de moléstias crônicas, principalmente os usuários inscritos para recebimento de remédios populares contra problemas cardiovasculares e neurológicos, como certos genéricos contra diabetes, hipertensão, ansiedade e depressão.

Por falta do psicotrópico Bromazepam (6mg) e, principalmente do Clonazepam (2 mg), o paciente SDSR, 50 anos, portador de obesidade mórbida, hipertensão e depressão, reclama que vinha passando mal desde o dia 20 de junho, última data em que passou por atendimento médico no Centro de Saúde local, e foi para casa sem os medicamentos neurológicos. “Os remédios para controle da hipertensão me entregaram. O Captopril 25 mg (180 comprimidos), Propranolol 40 mg (90), Furosemida 40 mg (30), e Nifedipina 20 mg (30 comprimidos), entretanto, os calmantes não tinham, como vem ocorrendo invariavelmente desde o início da atual gestão”, explicou o paciente.

Por não tomar regularmente os remédios neurológicos prescritos no tratamento permanente, SDSR conta que passou mal na sexta-feira (12/07), e resolveu fazer um apelo em pelo menos oito "Fanpages na rede social Facebook (texto no rodapé da matéria), pedindo para que alguém emprestasse a ele ao menos alguns comprimidos de Clonazepam 2 mg, para que passasse o final de semana medicado, a fim de solucionar o problema no início da semana seguinte. "Estratégia que funcionou e que faço questão de relatar publicamente para que todos se conscientizem da péssima situação do gerenciamento da saúde pública que vem ocorrendo nesta administração", denuncia.


POLÊMICA COM O RESPONSÁVEL PELO ALMOXARIFADO






Também na rede social Facebook (Page Política e Debates), ocorreu nos últimos dois dias uma calorosa discussão entre o servidor público José Reis, chefe do Almoxarifado, e o denunciante SDSR, e também vítima da falta de medicamentos neurológicos evidenciada na rede pública municipal. A discordância entre os dois se deu pelo fato de SDSR (repórter do Jornal da Região), cobrar publicamente de José Reis (na Internet), uma justificativa ou resposta convincente para reparar o erro do jornal ter dado credibilidade às suas informações, que culminaram na publicação, em 19 de fevereiro, no Blog Jornal da Região (link abaixo), sem que outras fontes fossem checadas, uma matéria sobre o trabalho da primeira-dama no segmento de distribuição de remédios, destacando na manchete: ‘Atuação de Denise Semedo no comando do Fundo Social de Solidariedade inspira confiança a usuários’.

Hoje, no conceito de SDSR, a matéria teria sido induzida por José Reis para passar ao público um suposto ‘funcionamento’ bem elaborado do trâmite legal dos usuários de remédios na Assistência Social, em caso da não entrega dos medicamentos prescritos pelos médicos no Posto de Saúde. “A reportagem persuadia sim o leitor a acreditar que o esquema, ou ‘procedimento administrativo’, como classificava José Reis, cuidava do usuário da rede pública de Saúde sob a alegação de que, em hipótese alguma, eles ficariam sem os seus remédios, bastando apenas procurar pelo atendimento das funcionárias da Assistência Social, que fica ao lado do Almoxarifado, onde José Reis é chefe. E tudo isso seria minuciosamente orquestrado pela primeira-dama do município, que segundo ele, ‘tinha como prioridade o carinho no atendimento aos carentes da cidade’, o que na verdade eu considero pura obrigação do poder público”, desabafa o repórter.







Entrega de remédios é vetada

pela Assistência Social em maio


O 'procedimento' de entrega de medicamentos faltosos no Posto de Saúde, pela Assistência Social na verdade foi uma temporada de experiência que teve início em fevereiro, durou até o final do mês de abril. Já na primeira semana de maio, mês do 76.º aniversário da cidade, período em que a Prefeitura Municipal mais aplica recursos financeiros em shows e atrações festivas nas comemorações cívicas locais, a Assistência Social parou de fornecer remédios que são prescritos no Centro de Saúde, e que invariavelmente não são encontrados no estoque da unidade hospitalar.


Alguns medicamentos que, por lei, não podem faltar no Posto de Saúde, para distribuição aos usuários dependentes, por serem distribuídos gratuitamente à Prefeitura, pelo Programa Dose Certa do Governo do Estado, sofreram uma crise acirrada de inexistência em Palestina no final da última semana de abril.Pacientes reclamaram a falta dos remédios na própria unidade de saúde a ausência de alguns medicamentos das categorias terapêuticas contra inflamações, infecções, depressão, bactérias, e até problemas cardíacos, mas não conseguiram obtê-los, porque o Hospital Municipal não mantinha o estoque necessário para suprir a demanda da distribuição aos necessitados.


Os que procuraram a Assistência Social, como estava ocorrendo nos dois meses anteriores, em caso de falta na UBS, receberam como resposta das assistentes sociais que a partir daquela data aquele departamento estava proibido de pegar as receitas e providenciar as compras dos medicamentos nas farmácias locais para o fornecimento gratuito aos usuários. Elas informavam que a 'ordem vinha de superiores - no caso, da própria esposa do prefeito, por orientação dele e de seu primeiro escalão de governo, ao anunciar que daquela data em diante não mais faltaria remédios no hospital em virtude de uma grande remessa adquirida pela administração, suficiente, segundo elas, para suprir a demanda dos necessitados de todo o município'.


Veja matéria completa que também foi publicada pelo Jornal da Região, registrando o fracasso do esquema ou 'procedimento administrativo' anunciado dois meses antes por José Reis, do 'amplo, completo e carinhoso atendimento aos carentes, feito pela primeira-dama Denise Toledo Semedo:







Diretor de Saúde falha ao tentar ajudar usuário de remédio que estava em falta






"Dia 20 de junho, conforme comprova o receituário acima, de 90 comprimidos de Bromazepam 6 mg, e que ainda está em meu poder porque o hospital não tem em seu estoque para me fornecer, fui à unidade de saúde, conforme estabelecido uma vez por mês, para buscar todos os meus remédios contra hipertensão, depressão e ansiedade.
Conforme relato nesta matéria, só obtive os remédios contra pressão alta, mas os indicados para problemas neurológicos estavam em falta e sem previsão de chegada.


Semelhante ao receituário acima, eu tinha um me prescrevendo 90 comprimidos de Clonazepam 2 mg, o que mais uso e preciso. No entanto, também não havia no estoque da UBS. Resolvi falar com José Cury (Zezé), Diretor do Departamento de Saúde, e fui recebido em sua sala para expor meu problema. Após refutar que não poderia sair de lá pelo menos sem o Clonazepam, ele tomou uma atitude pessoal que demonstrou claramente não haver conhecimento de nenhum 'procedimento administrativo', para me encaminhar à Assistência Social, conforme José Reis anuncia insistentemente, a fim de pegar naquela unidade os remédios que não estão disponíveis no estoque do Centro de Saúde.


Caso contrário, Zezé não faria o que fez, na tentativa de me disponibilizar o remédio para o equilíbrio de minha saúde psíquica. O que ele fez? Como dono de farmácia comercial, ligou a uma funcionária e avisou que ele estava doando (da parte dele), uma caixa de Clonazepam para mim. O que eu deveria fazer? Apesar do constrangimento, mas diante de extrema necessidade, aceitei o 'presente', coisa que mais tarde virou a maior complicação.
Isso porque eu deveria comparecer à drogaria de sua propriedade e entregar o receituário que descriminava 90 comprimidos (três caixas de 30), mas que sairia da farmácia com apenas uma caixa, deixando com a responsável, para efeito de controle de fiscalização, o receituário do medicamente que é altamente controlado e fiscalizado pela Anvisa.

Era uma quinta-feira, e Zezé me garantiu que até o final da semana seguinte o estoque do hospital estaria restabelecido, e que eu poderia voltar para levar os outros 60 comprimidos, diante do pedido que seria feito a um médico da unidade, para prescrever a dosagem restante em um receituário novo. Porém, ficou acertado que se não chegasse o remédio da rede pública no prazo estabelecido, eu deveria conseguir dinheiro para as outras duas caixas da receita que ficaria na farmácia dele como garantia, até meu retorno ao estabelecimento para pagar pelo restante da prescrição do medicamento (duas caixas de 30 comprimidos), e 'zerar' a totalização do receituário, que constava três caixas.




Adilson Machado, amigo virtual que se propôs
a comprar os medicamentos que preciso
Na semana seguinte o Posto de saúde continuou sem o medicamento. E assim também nas semanas subsequentes, até que acabou o restante de Clonazepam que ganhei dele. Desta forma, fiquei sem Clonazepam, e também o Bromazepam, porque a rede pública ainda não comprou este medicamento. Estou ainda com o receituário de Bromazepam, e sem dinheiro para comprá-lo, assim como não obtive condição financeira para comprar os 60 comprimidos mais importantes em meu tratamento (Clonazepam 2 mg), que ficou 'preso' na Drogaria Central.

Com o apelo que fiz no Facebook (abaixo tem o desfecho do caso), recebi três telefonemas. Da vereadora Selma, de Adilson Machado (foto acima -um amigo até agora apenas virtual), e outra pessoa que não quis ser identificada (M.A.). Expliquei a situação para Adilson que me ligou preocupado com o que leu no Facebook, e ele foi até à farmácia de Zezé pagar pelas duas caixas de Clonazepam 2 mg. Porém, não conseguiu comprar as duas caixas.

O motivo que alegaram a ele foi que, para efeito de controle de fiscalização que as farmácias recebem, o receituário já havia sofrido baixa e não tinha mais validade para fazer a venda complementar dos 60 comprimidos restantes. O resultado é que hoje estou sem a receita do Clonazepam 2,0 mg, sem a receita dele, e sem o medicamento Bromazepam, pois desde 20 de junho estou com o receituário e não consegui comprar. Estou no compasso de espera para que ele chegue com urgência no Posto de Saúde, e reiniciar o tratamento depois de um longo período passando mal, sem a medicação específica prescrita pelos médicos da unidade, e tomando chás como paliativos.
É ou não é motivo para uma ação contra a administração no Ministério Público?
Veja abaixo o que me salvou temporariamente:


PACIENTE SEM REMÉDIO FAZ APELO, E CONSEGUE, PELO FACEBOOK, PARTE DA DOSAGEM NECESSÁRIA


O vereador e presidente da Câmara, Sandro Bernardes 'Carrero', sugeriu há algumas semanas em uma das sessões da Câmara Municipal, que as pessoas que tem qualquer tipo de medicamento em casa, e que não estão mais usando, que façam a devolução deles, intactos, em condições de uso, e no prazo de validade, às unidades de saúde, E ponderou acertadamente: "Isso pode ajudar outras pessoas que necessitam e não tem o medicamento ou não podem comprá-los".
Com fundamento nessa ideia de Sandro Carrero, e acreditando que poderiam ter ocorrido na cidade algumas devoluções, SDSR resolveu fazer um apelo através do Facebook, explicando seus motivos, sua necessidade urgente e seu estado de saúde abalado, fazendo o seguinte pedido:


17h44, 12 de julho de 2013 - Palestinenses,
Passei mal nos últimos dias em razão da falta de remédios na rede pública municipal - do prefeito Nandão e do vice Reinaldo. Me falta possibilidade de aquisição dos remédios que necessito, principalmente o Clonazepam 2 mg (Rivotril), que tomo 3 por dia (total de 6 mg). É para a cabeça, corrige problemas cardíacos (é psicotrópico), e ainda faz com que minha pressão arterial se estabilize. Sou obeso e tenho pressão altíssima.
Hoje liguei várias vezes na prefeitura. O chefe de gabinete Messão folgou hoje e Zezinho Reis não quis me atender no Almoxarifado (via telefone). No Centro de Saúde, por telefone, uma funcionária me disse que não tem o remédio.
Tenho uma receita de 90 comprimidos na farmácia do Zezé , que foi deixada lá há uma semana ou mais, onde apenas uma caixa de 30 comprimidos foi ‘adquirida’. Se eu tivesse como comprar o restante da receita de duas caixas (mais 60 comprimidos), já estaria à disposição.
Se eu passar mal, ou ocorrer algo pior, de hoje até segunda-feira, quando pretendo entrar com ação no Fórum, a culpa é de quem? Só sei que não é do ex-prefeito Nicanor, da Dilma, e muito menos de Alckmin, que está cumprindo o Programa Dose Certa, mas aqui, Nandão insiste em deixar faltar remédios.Se alguém puder me emprestar Clonazepam 2 mg, por favor me ligue: 3293- 3070 - 9236-7197 - 9794- 9706 - 8186- 3596 (SDSR).

Sobra de remédio de um falecido foi providencial para o usuário do psicotrópico, que ainda não tem na UBS

SDSR relata que “depois do apelo no Facebook recebi uma ligação telefônica da vereadora Selma Trindade, técnica em enfermagem atuante na UBS- Unidade Básica de Saúde, de Duplo Céu, que ofereceu ajuda, insistindo que deveria antes explicar os motivos pelo qual poderia me fornecer cerca de 40 comprimidos de Clonazepam, para a solução imediata de meu estado de saúde mental”.

Selma, segundo ele, fez questão de justificar que não estava fazendo retirada de remédio do posto de saúde do bairro, até porque a unidade não distribui e não mantém estoque de nenhum tipo de medicamento, alertando, ainda, se eu era realmente inscrito no Centro de Saúde local, e também usuário do referido remédio, mostrando uma ficha ou algo comprobatório das exigências feitas por ela, para que ela pudesse fazer a doação de forma confiável e sem qualquer tipo de constrangimento ou problema futuro.

“Mas tem um porém”, alertou Selma ao paciente, por telefone: “A origem do Clonazepam em meu poder é de um repasse que me foi feito do restante de medicamentos de um idoso e Duplo Céu, que estava em tratamento mas que infelizmente faleceu há cerca de duas semanas no Hospital de Base de Rio Preto. Se você não fizer questão, eu lhe entrego. Sou obrigada a relatar o fato porque as embalagens dos comprimidos não estão novas e apresentáveis, e é justo que você saiba desses detalhes para que possa decidir se aceita ou não a doação que estou fazendo de coração”, exclamou a vereadora.

SDSR comentou á reportagem do Jornal da região que sabe que “muitos entenderiam o fato como uma situação constrangedora ou até humilhante, e até sei que, por receio ou preconceito, algumas pessoas se negariam a aceitar e ingerir os remédios. Não é o meu conceito de vida. Considero o gesto de Selma como um exemplo cristão, pois somente que tem Jesus no coração se preocupa com o próximo, age com atitudes prestativas. Além disso, foi de uma honestidade até desnecessária. Ela praticou um bem enorme a mim. Isso não foi um rebaixamento moral, mas, literalmente, a salvação de minha vida naquela hora. Sou grato a ela, que se mostrou uma pessoa realmente dotada de pura nobreza espiritual”, finaliza. (Hebreus 13: 1 e 2).

Postado por Jornal da Região (Mapa Midial) às 01:22:00

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