A eleição será dia 1.º de janeiro, às 10h, no Clube Harmonia; Depois da posse e eleição da Mesa Diretora, vereadores só retornarão à Câmara dia 4 de fevereiro, após as ‘férias parlamentares’;
Políticos do PMDB acreditam que vereadora Selma Trindade, atualmente no 14 de Nicanor, retorne à sua origem;
Assim, o grupo de Nandão ficará forte durante todo o mandato, mantendo a maioria de 5 vereadores na Câmara
Assim, o grupo de Nandão ficará forte durante todo o mandato, mantendo a maioria de 5 vereadores na Câmara
Termina no Clube Harmonia às 10h do dia 1.º de janeiro de 2013 o último ‘round’ da acirrada campanha eleitoral municipal entre prefeito Nicanor Nogueira Branco (PTB), e Fernando Luiz Semedo Nandão (PP). Além da transmissão de posse dos cargos ao majoritário e da posse de todos os eleitos, no mesmo dia e horário, haverá a tão esperada eleição da Mesa Diretora do Legislativo. Pelas manobras feitas pelos dois grupos políticos, nos bastidores do poder, a briga pelo cargo da presidência promete apimentar (e muito) a cerimônia na próxima terça-feira.
Cada vereador deverá anunciar abertamente através do som amplificado para quem direciona seu voto, primeiramente a presidente, depois, vice e primeiro e segundo secretários. Ao tomarem posse ficarão livres de comparecerem à Câmara Municipal durante todo o mês de janeiro, recesso parlamentar, devendo retornar oficialmente para a primeira sessão ordinária do ano dia 4 de fevereiro.
POR QUE OS PREFEITOS SÃO ENVOLVIDOS?
Por que o fato, a tal ‘queda de braço’, relaciona tanto a imagem do prefeito que sai e com a do prefeito que entra, e também qual o motivo de tanta agitação em torno do nome da vereadora Selma Antonio Trindade (PTB), no clima da disputa entre os dois grupos políticos do Legislativo?
Simplesmente porque é uma forma de o prefeito mostrar força política, liderança e influência na Câmara Municipal, afinal de contas, nenhum chefe de executivo pensa de administrar tendo a minoria no Poder Legislativo, seja em que nível for, municipal, estadual ou federal. No biênio passado, Nicanor conseguiu costurar apoios, e mesmo tendo um vereador a menos que a oposição (que hoje virou situação governista) ajudou Ceciliano Francisco Caldas (PR) chegar à presidência da Casa de Leis.
A situação se repete com Nandão agora. O já diplomado prefeito tem quatro vereadores eleitos por sua coligação, contra cinco da oposição. Em tese, os parlamentares oponentes ao seu governo serão Ceciliano e Gordo (PR) e Murilo, Renato e Selma Antonio, a Selminha (PTB). São três vereadores diretamente reeleitos da administração passada, Selminha, que retorna à Casa depois de um mandato fora, e apenas um estreante, Renato do PTB.
GORDO, SANDRO CARRERO E SELMINHA
Os dois grupos políticos não estão proibidos de realizar qualquer tipo de negociação, inclusive, compondo a mesa com membros dos dois lados, conforme ocorreu no biênio que se encerra no próximo dia 31. O que se espera dos parlamentares é, no mínimo, transparência nas negociações, e uma delas, segundo fortes rumores nos bastidores da política, quase foi firmada com Sandro Carrero (PMDB) sendo eleito presidente para o primeiro biênio, com voto de apoio cruzado da facção contrária por Gordo, que em contrapartida, seria, segundo consta, o presidente da mesa a partir de 2015, e desta vez com o voto de Sandro. Mas já é certo que a provável combinação está longe de ser concretizada.
Sandro Carrero tem apenas mais três companheiros em seu grupo: Gilberto Buzina (PMDB), Carequinha (PPS- primo do também vereador Dr. Murilo, da oposição) e Fofão (PP). Uma peça que se encaixaria perfeitamente em favor do prefeito, e da candidatura de Sandro Carrero à presidência, seria o retorno da vereadora Selma Antonio Trindade ao seu antigo partido e também grupo político, pois “ela sempre foi oposição e estaria apenas cumprindo seu desejo democrático de retomar sua legenda no PMDB, pois Selma não tem nada de 14, nada de oposição a mim, a Nandão e ao nosso grupo político, avalia o peemedebista.
O Jornal da Região Palestina fez um levantamento da participação de Selma Trindade nas últimas três eleições e apurou algumas observações relevantes para conhecermos melhor a política eleita para quatro anos de Legislativo. Conforme os gráficos anexos (e na sequência), ela foi eleita vereadora em 2004 (pelo PMDB) e em 2008 também foi ‘eleita’, considerando que ficou na 7.ª posição geral das eleições, porém, ficando fora dos nove eleitos por causa da sublegenda (quociente eleitoral), que levou para a Câmara Municipal vereadores com votações inferiores a de Selminha.
Os gráficos mostram vários absurdos. Por exemplo, ela, 7.º lugar do pleito de 2008, pela ordem decrescente dos mais votados, não tomou posse, enquanto Doralice Viçoso da Silva (PP), assumiu com quase a metade dos votos dela, mesmo ocupando a 21.ª na colocação geral. Segundo dirigentes e políticos que disputaram as últimas eleições pelo PMDB, o relacionamento de todos com Selma sempre foi dos melhores.
Só existe uma explicação para a ex-vereadora peemedebista ter tomado a decisão que tomou, assim, de repente, ao sair da oposição para se debandar para o grupo do prefeito. E todos são unânimes em acreditar, que por ela ser funcionária pública municipal, não teve como negar ao ‘gentil’ convite feito, com certeza pelo próprio Nicanor.
Diante de tantas evidências, e da quase certeza de alguns membros do PMDB de que ela retorna e reintegra o antigo grupo oposicionista da qual sempre participou, nos resta acreditar realmente que foi caso pensado o número de legenda de Selminha neste pleito: 14.111. Ela tinha a inicial 14, o número um no meio (significando ela própria), mas também tinha o 11 ao final, como que acenando para Nandão e demais ex-companheiros de que não estava longe de suas origens. A vereadora Selma pode, inclusive, apresentar no dia da posse o seu pedido de exclusão do PTB 14, para retornar às suas bases de origem, se é o que deseja em termos partidários (Serginho Roncolato/Redação Jornal da Região)
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Nicanor entrega o mandato dia 31 de dezembro para Nandão e Reinaldo, Unidos Por Palestina |