sexta-feira, 13 de maio de 2011

Produção do Casa dos Artistas de 2001 plagiou criação de quadro para o programa, e que agora é atração no A Praça é Nossa

'VÍDEOS COMPROVAM QUE PRODUÇÃO DO SBT METEU A MÃO EM MINHA CRIAÇÃO DE QUADRO PARA O REALITY SHOW', AFIRMA O DENUNCIANTE


VÍDEO 1 (1 DE 2)



VÍDEO 2 (2 DE 2)


CASA DOS ARTISTAS 1:

Diretor do Jornal da Região denuncia SBT 
por plágio de criação de quadro que fez   

(Da Redação)- Está tudo documentado. Original do registro e reconhecimento de firma em cartório, com data de 23 de novembro de 2001, gravação de telefonema com uma das produtoras do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), boletos de contas de telefone fixo com valor acima de R$ 1.000,00, não pagos à Telefônica (que foi cortado), passagens de ônibus de Rio Preto a São Paulo (e vice-versa), recibos de pernoites em hotel no centro da capital Paulista, e fotos tiradas em vários locais do núcleo da emissora de TV, entre outras provas consideradas documentais. Tudo com datas referentes ao período dos acontecimentos que fundamentam uma denúncia do repórter Serginho Roncolato (Jornal da Região, Palestina), de plágio contra a produção do programa Casa dos Artistas 1, fenômeno de audiência de Silvio Santos em 2001, deixando a Globo para o segundo lugar.

GALVÃO BUENO
“Meus contatos com o SBT começaram no início de setembro de 2001, quando o departamento de jornalismo me ligou para negociar a compra de uma fita de vídeo k-7 que eu tinha do Galvão Bueno (Rede Globo), criticando o Corinthians, Eurico Miranda presidente do Vasco, e de tabela, Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, facilmente confirmados no site do Diário da Região”, relata o denunciante, fornecendo os links para a confirmação: http://www.diarioweb.com.br/noticias/imp.asp?id=9733

CASA DOS ARTISTAS
Serginho conta que núcleo de jornalismo da emissora abriu o leque de contatos, através de Adriana Alkimin (da redação do SBT Brasil) e Chicão (Programa do Ratinho) e conheceu profissionais da produção do Casa dos Artistas, e passou a manter contatos telefônicos com Fernanda Guido, Carolina Ribeiro, a Carol, e Luciana Maranhão, que fazia a mediação das negociações com Sônia Mello, chefe de produção da Casa, no núcleo da emissora, em Osasco.

TELEFONEMAS
“Os telefonemas eram freqüentes e as idéias de brincadeiras e quadros ao programa eram passadas por fax. E o volume de correspondência era tanto, que as ligações, geralmente feitas do meu fixo (17- 3272- 3636) para o terminal de fax 11- 3687- 4954, direto da sala de Luciana, me proporcionaram uma dívida de quase R$ 2 mil, o que acabou culminado em corte da linha, pois não recebi nada da emissora pelas minhas criações. Pior ainda- lamenta o denunciante, fui listado como inadimplente pela Telefônica e fiquei sem telefone e com o nome sujo”.

QUEBRA DE SIGILO
Roncolato desafia o departamento jurídico do SBT a pedir na Justiça a quebra do sigilo telefônico da empresa no período de setembro a dezembro de 2001. “Isso provará também uma incidência muito grande de telefonemas dos departamentos de jornalismo e Casa dos Artistas ao meu fixo, inclusive para o meu celular (final 9705- 9706, da Vivo), única coisa que preservo ativo até hoje, e assim mesmo, porque é pré-pago”, revela.

LISTA PROIBIDA
O denunciante relata que no princípio tanto Luciana Maranhão, quanto a diretora Sônia Mello eram muito simpáticas e atenciosas. “Me ganharam com a conversa de que eu poderia ser parente de um integrante da equipe chamado Fernando  Rancoleta (parecido com Roncolato), e me alertavam de que as idéias (via fax) deveriam ser passadas apenas para o número da sala delas, e que eu deveria evitar contatos com Fernanda Machado, Paula Cavalcanti, Rodrigo Kareli e Leon Abravanel Júnior (pelo sobrenome, parente de Silvio Santos), pois eles poderiam não aprovar a idéia de relações com pessoas de fora do SBT. Até porque - conta Serginho, Luciana me garantia que a transação com ela e Sônia Mello daria bons negócios, e que os nomes relacionados deveriam ser anotados e sublinhados em minha agenda como ‘cartas fora do jogo’, pois eram diretores de outros setores e não pertenciam ao departamento financeiro. O que não iria contribuir em nada, segundo ela,  para o avanço de nossas negociações”.

AS CRIAÇÕES
Serginho conta que “criei uma lista de dez brincadeiras com os seguintes critérios estabelecidos por Sônia Mello, de acordo com o que ficou combinado entre eu e Luciana: A Casa pagaria R$ 300,00 por cada idéia passada, e R$ 10 mil por cada sugestão aprovada e utilizada no programa”.
Segundo Roncolato, “a transação não foi além disso, na primeira edição, porque ao utilizarem uma criação de minha autoria, de brincadeira de super-heróis e vilões, tendo como referencial de inspiração, as insistentes anunciações de Supla de que ele se considerava o ‘Charada Brasileiro’. Pelo porte físico de Alexandre Frota, pensei no Batman, tendo Mateus Carrieri como Robin. Daí ficou fácil associar as semelhanças dos artistas com os personagens complementares, que seriam Supla (Charada), Bárbara (Batgirl), Patrícia Coelho (Mulher Maravilha), Hera Venenosa (Mary Alexandre) e Nana Gouveia e Taiguara Nazaré travestidos de bandidos, com fantasias destacando um ponto de interrogação no peito (comparsas de Charada), também já relacionando como fundo musical a famosa trilha sonora do seriado Batman (TV Bandeirantes, anos 70) e as onomatopéias para ilustrarem as falsas pancadarias da simulação de brigas entre eles”, relembra o autor.

R$ 10 MIL PERDIDOS
E prossegue: “A idéia dói utilizada. Para fugir do meu original, Frota e Mateus tiveram seus personagens invertidos, o que seria engraçado, pois, neste caso, a coisa viraria uma charge do modelo original, com Batman de pequena estatura, se contrapondo a Robin, com porte físico mais avantajado. Criei, registrei em cartório e enviei fax e e-mail para Sônia Mello e Luciana Maranhão no dia 23 de novembro. Quatorze dias depois, a brincadeira foi gravada dia 7 de dezembro e exibida no dia 8, exatamente igual ao meu projeto. Resultado: perdi os R$ 10 mil combinados, e não teve mais como entrar em contato com a produção do programa, que se dispersou dia 16 de dezembro, último domingo da Casa 1, em 2001”, reclama o denunciante.
Todavia, Serginho Roncolato apresenta uma peça fundamental para comprovar as negociações com Luciana e Sônia. Duas gravações telefônicas que fez após desconfiar que pudesse ser trapaceado. E ele conta: “Uma destas gravações já postei no Youtub, Facebook e no site e blog do Jornal da Região, contendo minha narração do fato como introdução para a execução da segunda conversa que tive com Luciana Maranhão”.
O repórter (e co-proprietário) do Jornal da Região de Palestina afirma que “a primeira gravação feita por telefone chegou em meu poder neste domingo (15 de maio), através de meu sócio do Jornal Millenium, produzido em Tanabi, na época, Gelson Adriano de Oliveira, que testemunhou cada detalhe, e que tinha em seu acervo de MDs (Minidiscos) uma cópia com som de alta fidelidade, e que me proporcionou a produção de um segundo vídeo, também já postado no Youtub, Facebook, site e blog do jornal, se possível, postarei em todas as mídias sociais da Internet”, até que haja um acordo financeiro, concluiu Serginho, que espera ser procurado por algum advogado da região de Rio Preto para assumir sua defesa, nos termos de porcentagem da causa, reivindicando na Justiça por seus direitos sobre a criação da brincadeira, que agora retornou ao SBT em forma de atração fixa no humorístico A Praça é Nossa, com Alexandre Frota novamente encarnando Robin, e Tuca Laranjeira, o Batman. 



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Jornal A Voz Regional (Monte Aprazível, de 28 setembro 2001)


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