Cidades
Sucroalcooleiro
São José do Rio Preto, 15 de Setembro, Por Carlos Eduardo de Souza
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Vista parcial da entrada do complexo Usina Colombo/Palestina (Foto Neves) |
Cerca de 550 trabalhadores do setor sucroalcooleiro realizaram manifestações em frente à Usina Moreno, em Monte Aprazível, e à Usina Colombo, em Palestina ontem pela manhã. Em frente à Usina Moreno a manifestação começou por volta das 7 horas com um grupo formado por aproximadamente 200 trabalhadores que protestavam contra o preço pago pela tonelada de cana cortada e também pela demora da empresa revelar o valor que seria pagos aos trabalhadores pela execução das tarefas.
Os trabalhadores teriam se concentrado na porta da empresa durante o protesto, alguns com facas, pedaços de pau e outros objetos. Houve chamado e interferência da Polícia Militar. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Monte Aprazível, Gilmar Cândido Inácio, ocorreu confronto, disparos de balas de borracha e trabalhadores feridos.
Em nota, a Polícia Militar informou que foi chamada ao local porque manifestantes impediam a entrada e saída de funcionários da usina. Como as negociações não teriam evoluído, alguns deles teriam atirado pedras em direção aos policiais, que revidaram com gás de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha. Depois, o grupo concordou em liberar o local. Dois manifestantes machucados foram levados à Santa Casa.
Segundo Inácio, hoje, às 14 horas, vai ser realizada mesa redonda com representantes da empresa na Subdelegacia do Trabalho em Rio Preto para discutir questões referentes a empregados que executam outras tarefas ligadas ao setor rural da usina e vai ser aproveitada a reunião para discutir os fatos ocorridos e as reivindicações.
Palestina
O outro protesto ocorreu na porta de Usina Colombo, em Palestina quando condutores de caminhões, tratores e colhedeiras de cana e outros equipamentos pesados recusaram-se a trabalhar, alegando estarem em greve. A reivindicação pedia reajuste salarial dos condutores desses veículos de R$ 924 para R$ 1,3 mil e o enquadramento do período de transporte até os talhões de canaviais como horas trabalhadas.
Segundo Daniel Caldeira, presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Rio Preto e Região, cerca de 350 pessoas participaram da paralisação. O Diário entrou em contato com Usina Colombo, porém foi informado que o diretor Carlos Augusto Colombo não estava na empresa.
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