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Mais do que descumprir ordens da Justiça, a prefeitura de Palestina (SP) está descuidando da saúde de alguns pacientes, que dependem de remédios caros para sobreviver e conseguiram ordens judiciais para receber as doses do município. Mas, nas últimas semanas, isso não vem acontecendo.
As mãos trêmulas do aposentado Odair Fernandes são consequência da falta dos remédios. Com 71 anos, ele sofre de má circulação sanguínea e pouca oxigenação no cérebro. Os medicamentos custam quase R$800 por mês, mais da metade do que ele recebe de aposentadoria.
Já a desempregada Deile Cristina Campos passou por uma cirurgia, que a obriga a tomar remédios. Ela ainda sofre de depressão e não tem condições de pagar pelos comprimidos.
Os casos de Odair e Deile se repetem com vários outros moradores de Palestina, que conseguiram na Justiça o direito de receber os medicamentos de graça do município. Só que, há quase um mês, a distribuição foi suspensa.
O caso foi parar na polícia. Quase dez pessoas registraram boletins de ocorrência e outras quatro procuraram o Ministério Público, que enviou um ofício para a prefeitura, cobrando explicações, mas, o município não se manifestou.
Um novo documento foi enviado pela promotoria, esta semana. O prefeito da cidade, Nicanor Nogueira Branco, tem até segunda-feira (29) para explicar por que os remédios não estão sendo distribuídos.
Procurado pelo Tem Notícias, Nicanor se contradiz na hora de explicar os motivos do cancelamento da distribuição. Em um primeiro momento, diz não haver falta e estar tudo certo. Depois, confirma que o Ministério Público entrou no caso. “O jurídico já informou o Ministério Público, tem protocolo, tudo isso. Os remédios vão ser fornecidos, na segunda-feira no máximo”, disse o prefeito.
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