segunda-feira, 29 de outubro de 2012

TV TEM: Justiça obriga prefeitura a cumprir distribuição de remédios em Palestina, SP


DESTAQUES DA MATÉRIA: Ministério Público enviou ofício para a prefeitura, cobrando explicações


O caso fez dez pessoas registraram boletins de ocorrência e quatro procuraram o Ministério Público.
O promotor Gustavo Yamagushi Miyazaki declarou à reportagem da Globo/TV TEM:
“Se ficar caracterizado que houve a intenção de desobedecer a ordem judicial dada pela Justiça de Palestina, isso pode caracterizar crime de desobediência. Nós estamos aguardando as informações precisas do prefeito municipal dos motivos pelo qual estas medicações não tem sido fornecidos à população”



Matéria completa publicada na Internet pela TV TEM 
26/10/2012 19h09 - Atualizado em 26/10/2012 20h49 pelo G1.globo.com


Aposentado não tem condições de pagar por
medicação (Foto: Reprodução / TV Tem)
Mais do que descumprir ordens da Justiça, a prefeitura de Palestina (SP) está descuidando da saúde de alguns pacientes, que dependem de remédios caros para sobreviver e conseguiram ordens judiciais para receber as doses do município. Mas, nas últimas semanas, isso não vem acontecendo.
As mãos trêmulas do aposentado Odair Fernandes são consequência da falta dos remédios. Com 71 anos, ele sofre de má circulação sanguínea e pouca oxigenação no cérebro. Os medicamentos custam quase R$800 por mês, mais da metade do que ele recebe de aposentadoria.


Já a desempregada Deile Cristina Campos passou por uma cirurgia, que a obriga a tomar remédios. Ela ainda sofre de depressão e não tem condições de pagar pelos comprimidos.
Os casos de Odair e Deile se repetem com vários outros moradores de Palestina, que conseguiram na Justiça o direito de receber os medicamentos de graça do município. Só que, há quase um mês, a distribuição foi suspensa.
O caso foi parar na polícia. Quase dez pessoas registraram boletins de ocorrência e outras quatro procuraram o Ministério Público, que enviou um ofício para a prefeitura, cobrando explicações, mas, o município não se manifestou.


Um novo documento foi enviado pela promotoria, esta semana (semana passada). 
O prefeito da cidade, Nicanor Nogueira Branco, tem até segunda-feira (29- hoje) para explicar por que os remédios não estão sendo distribuídos. 
Procurado pelo Tem Notícias, Nicanor se contradiz na hora de explicar os motivos do cancelamento da distribuição. Em um primeiro momento, diz não haver falta e estar tudo certo. Depois, confirma que o Ministério Público entrou no caso.
 “O jurídico já informou o Ministério Público, tem protocolo, tudo isso. Os remédios vão ser fornecidos, na segunda-feira no máximo”, disse o prefeito.


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