"A OAB não é idônea e está maneada com o PT e as grandes mídias", denuncia diplomado em Direito que se diz lesado

 TANABIENSE FORMADO EM DIREITO, PROTESTA OAB, E DIZ QUE OS GRANDES VEÍCULOS DE MÍDIA SÃO MANIPULADOS PELA INSTITUIÇÃO E PELO PT

Wladimir Quile, de Tanabi, acusa OAB de omissão em correção de
provas que fez, e que o deixa impedido de atuar como advogado   

“A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não é instituição idônea, e está maneada com o PT (Partido dos Trabalhadores) e Rede Globo, em um inaceitável jogo de interesses e troca de favores”. Este é o repúdio, à OAB, de Wladimir Quile Rúbio, diplomado em Direito desde 2007, mas que não conseguiu da Ordem, a revisão da avaliação da prova prático-profissional e das notas atribuídas aos quesitos da peça e questões que fez em duas ocasiões: Novembro de 2012 (Prova VIII) e outubro de 2013 (Prova XI).

Por causa disso, Wladimir, que não entrou com um mandado de segurança contra a OAB em 2012, afirma que desta vez entrará com mandado de segurança exigindo indenização. E ele fala em R$ 500 mil, argumentando que “fui lesado duas vezes e apenas estou reivindicando os meus direitos”. Ele explica que da primeira vez, em 2012, ele desistiu de impetrar um mandado de segurança por forma judicial, também com ação indenizatória, e decidiu realizar novamente a prova em 2013. “Eu sabia que passaria, tenho a certeza de que fui aprovado, e desta vez não vou recuar, e vou até às últimas consequências contra a Ordem dos Advogados do Brasil, que está me boicotando de novo”.

PROTESTO DEFRONTE A OAB E CRÍTICAS À TV RECORD

  

“A TV Record regional veio em minha casa dois dias depois de um protesto que fiz defronte à sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Rio Preto. “As fotos do circuito de segurança mostram a viatura da emissora chegando e fazendo tomadas de filmagens externas. Me entrevistou sobre o que repudio do descumprimento, pela OAB, das leis trabalhistas em minha prova de 2ª fase, feita em novembro do ano passado, dia seis”, conta.

E prossegue: “Falei do recurso que fiz à Ouvidoria do Conselho Federal da Ordem no dia 11 de novembro passado, e que a instituição me informou, por telefone, que só iria fazer a correção que solicitei dentro de quatro meses a partir daquela data, o que venceria, no mínimo em fevereiro. Eu quero ser advogado, e se eu não defender meus próprios interesses, o que poderiam pensar de mim em relação às causas de meus clientes? Por isso essa manifestação”, justifica.

O SILÊNCIO DA RECORD E DE OUTROS FRANDES VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA

“Repudio a falta de interesse da TV Record de Rio Preto na divulgação de meu caso. E também apresento protestos contra outros grandes veículos de comunicação em massa pelo silêncio que fizeram, não respondendo aos meus e-mails e telefonemas sobre esta denúncia contra a OAB. Só me dei conta de um ‘elo’ da Ordem com a TV TEM (Globo), Revista Veja, jornais Estadão, Folha de SP, Diário da Região, entre outros, porque ficou patente a omissão deles que, no meu conceito, não tiveram coragem de publicar minha matéria, ou de pelo menos falar cobrar a verdade da OAB. O poder de manipulação da instituição sobre estes veículos é um fato lastimável. Quero a verdade, pois entendo que que o ato de falar a verdade é ainda uma legalidade instituída no país”, desabafa Wladimir.

“CONTATO DA OAB DEPOIS DA VISITA DA RECORD EM MINHA CASA”

Dia 12 de dezembro do ano passado, segundo o denunciante, “a OAB respondeu que não poderia corrigir a prova, mesmo com erros grosseiros de lei”, garante Wladimir que divulga a resposta que recebeu da Ordem dos Advogados do Brasil depois do protesto dele defronte à sede dela em Rio Preto, e, principalmente, em seu entendimento, depois que a TV Record foi à sua casa, o entrevistou, mas que “foi barrada de publicar a entrevista em seu telejornalismo. É o que penso. Quem me provará o contrário? Teria mesmo a OAB poder sobre ela e os outros agentes de mídia regional e nacional?, questiona Wladimir.

Segundo o que apresenta à reportagem do site Jornal da Região e Fanpage Tanabi Web, esta teria sido a resposta da OAB apresentada a ele na quinta-feira, 12 de dezembro de 2013:

“OAB. Prezado Senhor. A via administrativa para revisão da avaliação da prova prático-profissional e das notas atribuídas aos quesitos da peça e questões consiste na interposição do recurso administrativo previsto no item 5 do referido Edital, especificamente no subitem 5.2.1. Interposto o recurso, a avaliação realizada no seu julgamento será definitiva e irrecorrível por qualquer via administrativa, em respeito ao subitem 5.12 do mesmo diploma, transcrito abaixo: 

Subitem 5.12: Em nenhuma hipótese serão aceitos pedidos de revisão/reconsideração de decisão de recursos, a teor do §2º do art. 9º do Provimento 144/2011, do Conselho Federal da OAB. Sendo assim, informamos que a via administrativa foi esgotada. Atenciosamente, Núcleo de Exame de Ordem”, encerra a nota assinada pela Ordem dos Advogados do Brasil.

“Mandado de Segurança neles!, exclama Wladimir, que se mostra confiante em seu propósito, a ponto de afirma que “eles terão que rasgar a CLT e me indenizar por todos os males feitos contra mim. Estou com a verdade, a razão e provas concretas que me dão sustentação em minha argumentação contra a Ordem.

Foi só colocar as fotos da Record no Facebook que a resposta da Ordem chegou até mim. O que estava previsto para ocorrer em quatro meses, inacreditavelmente aconteceu em poucos dias, de forma quase instantânea, me deixando ainda mais certo de que nos bastidores da coisa há acordos da OAB com certos veículos de comunicação”, desabafa.

Wladimir encerra dizendo que quis tornar o assunto público para provar a todos que a OAB não é instituição idônea. “Queria provar e provei, consegui provar. Só de inscrição a última prova foi de R$ 30 milhões. Eles manipulam a prova e não corrigem de conformidade com a Lei. Agora estão maneados com o PT, Globo, demais consideradas ‘grandes veículos de comunicação em massa’, e tudo num jogo de interesses e troca de favores sem escrúpulos. Dessa maneira, eles terão que comprar o Brasil inteiro”, finaliza.

Wladimir Quile Rúbio insistiu para que fosse divulgado que ele iniciou curso de Direito em Guarulhos, Grande São Paulo, e se formou em 2007 na Unifev (Votuporanga), e que desde sua formatura tem atuado com uma forte equipe de advogados, com especialização particular em causas cíveis, trabalhistas e previdenciárias. Informou ainda que nos últimos seis anos ele foi o responsável na elaboração de quase 600 processos nestas três áreas, e que atua em Tanabi em um escritório formado por outros advogados especialistas em todos os tipos de causas. (Da redação- Serginho Roncolato)