domingo, 7 de agosto de 2011

Amertp protesta no Calçadão de Rio Preto contra a construção de PCHs que acabariam com a cachoeira do Talhadão, e já tem 3 mil assinaturas contra as obras


Sidnei Costa/Agencia BOM DIA – Foto: Vinícius Marques Agência BOM DIA


Advogada da associação (de boné amarelo)
 durante coleta de assinaturas sábado (06/08)

Associação que se mobiliza contra a instalação de duas usinas hidrelétricas na região de Rio Preto já reuniu 3 mil assinaturas contra as obras. Neste sábado (06), o grupo recolheu assinaturas no Calçadão para pressionar autoridades e a Encalso, empresa que deseja construir as usinas.
Os locais escolhidos para as hidrelétricas ameaçam a cachoeira  do Talhadão, no rio Turbo, em Palestina, e ainda a foz do rio Preto, em Riolândia.
A associação ganhou apoio de deputados da região que rejeitam a usina e até de dom Paulo Mendes Peixoto, bispo de Rio Preto. Políticos e o bispo marcaram ato ecumênico no dia 1º, perto da cachoeira em novo protesto contra a obra.
Segundo a advogada da associação, Gisele de Oliveira Garcia Paschoeto, sábado (06) foram recolhidas cerca de 250 assinaturas. “Estamos coletando assinaturas há alguns meses e vamos intensificar cada vez mais a ação”, afirmou. As usinas ameaçam até a cachoeira de São Roberto, em Pontes Gestal. No total, uma área de 200 alqueires seria inundada pelas usinas. A associação agora quer tombar o rio Turvo como patrimônio histórico. O pedido será encaminhado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

PRESSIONAR A CETESB
A meta também é pressionar a Cetesb, órgão do governo estadual, para que a Encalso não receba autorização para construção das usinas. A instalação ainda depende de aval da Anel (Agência Nacional de Energia Elétrica), do governo federal.
Segundo ambientalistas e biólogos da Unesp, a usina também ameaça animais na região. A hidrelétrica ocuparia mata nativa que abriga animais como onça, araras, macaco-prego e  peixes. “Existem espécies ainda desconhecidas nessas áreas”, diz a advogada. O Ministério Público investiga o caso.

ENCALSO ADIA AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Diante das manifestações e protestos contra a construção de usina no Talhadão, a Encalso adiou duas audiências públicas que iriam discutir as obras.  As audiências estavam marcadas para dias 27 e 28 de julho.
A empresa ainda não marcou nova data para as audiências. A Encalso entregou à Cetesb relatório de impacto ambiental com a construção das usinas e espera por aprovação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário