Vereador oposicionista mais votado quer saber nomes, cargos e salários dos 30 comissionados do prefeito Nandão

Ceciliano pede explicações ao prefeito Nandão

O vereador mais votado de 2012, ex-presidente do Legislativo no último biênio da administração anterior, Ceciliano Caldas, insistiu na sessão desta segunda-feira (4), quando a palavra foi franqueada aos parlamentares, que quer saber da Prefeitura Municipal os motivos que levaram o prefeito Nandão a diminuir os salários dos auxiliares de creches, e também reforçou o pedido da lista “dos 30 servidores contratados para cargo em comissão”. Ele quer saber os nomes, os cargos que ocupam e os valores dos salários de cada um dos funcionários de confiança do prefeito. 

Mostrando ponderação, o oposicionista Ceciliano fez menção de elogio a Nandão, ao pronunciar que “pelo menos este prefeito responde às perguntas que os vereadores fazem”, deixando no ar um tom irônico de critica ao ex-prefeito Nicanor Branco (seu então líder político na época), que não considerava a condição de autoridade do vereador e deixava de responder aos requerimentos, indicações e notificações dos parlamentares.

Também deixou claro que Nandão responde, mas não apresenta informações completas. Na verdade, as respostas do prefeito são parciais. Nelas, ele pouco ou nada apresenta de dados substanciais que completam as informações diretas solicitadas pelos vereadores. As evasivas e subterfúgios do prefeito demonstram, entretanto, que tudo faz parte de uma caminhada que vai aos poucos se acertando, e por isso, é necessário que tanto os vereadores quanto a imprensa e o povo palestinense, aguarde o desenrolar dos acontecimentos. 

ESCLARECIMENTO DO PREFEITO

Falta de dados gera dúvidas sobre
formação de "cabide de empregos"

Nandão encaminhou resposta a Ceciliano esclarecendo que as referida solicitações sobre a lista de nomes dos comissionados e a redução salarial de auxiliares de creches, são assuntos de “extrema complexidade e que estão sendo minuciosamente avaliados e debatidos pelos funcionários diretos do gabinete e secretarias do governo municipal. E no caso específico dos auxiliares de creches, a resposta só será possível depois de avaliação também da Ong SAIM- Sociedade Associação da Infância e Maternidade.

Embora todos os envolvidos diretamente com a política administrativa do município sabem que os cargos de confiança do prefeito Nandão já foram todos preenchidos, pairam no ar, ainda, algumas dúvidas que os vereadores querem ‘tirar a limpo’ e esclarecer à população, para que todos saibam quem são os comandantes de cada setor vital da administração. 

O vereador Ceciliano fala sempre em “cumprimento legal do cargo que o homem público ocupa”, e está certo quando tenta explicar que não pode ocorrer o que é uma realidade hoje na cidade, onde existem muitos burburinhos (ou alardes, até) sobre assuntos que a população discute, debate, e comenta, sem dados precisos ou oficiais. Os homens públicos empossados em cargos eletivos, ou seja, eleitos pelo povo, devem mostrar transparência nos atos realizados a cada dia, e isso é o que ele está solicitando do poder executivo via documento oficial de um poder constituído chamado Câmara Municipal. 

A começar do exemplo de Nandão (que tem salários de R$9.900,00), Reinaldo Cunha, vice-prefeito (R$ 3.300,00) e os próprios vereadores, que ganham um salário bruto de R$ 2.700,00, precisam mesmo dar satisfação aos habitantes das localidades onde convivem, para que haja transparência total na administração. A pergunta fica no ar: Quanto ganha Lauro Silva, Chefe da Educação? E Fábio Cortez (Bady Bassit), encaixado a pedido dele como Chefe de Setor de Divisão, e que foi empregado para escrever a página ‘Pref. Palestina’, no Facebook?

Estes nomes são dois dos considerados oficiais do 1.º Escalão de governo de Nandão, porém, sem especificação de salários. Pior são os outros 28, no conceito de Ceciliano, que não tem os nomes de cargos ou funções e nem os valores de seus salários divulgados. Isso precisa ser esclarecido na opinião do parlamentar, segundo o que pede no ofício encaminhado ao prefeito. Caso contrário, fica parecendo ‘omissão de informações de formação de cabide de empregos’, já que notadamente, não existe nem suspeitas de nepotismo (que seria um caso grave que prevê até improbidade administrativa), na gestão Nandão e Reinaldo. (Serginho Roncolato- Redação Jornal da Região).