sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Nicanor deixa Palestina com índice zero de casos de dengue e focos do Aedes aegypti erradicados


Gilmar Munhoz, ex-chefe do Departamento de Saúde, atribui sucesso do trabalho à eficiência de sua equipe e da liderança de Márcia Garcia como coordenadora

"Nossa equipe de controle de vetores
não mediu esforços contra a dengue "
(Redação Serginho Roncolato- Jornal da Região Palestina) - “Dengue faz mais de mil vítimas em 30 cidades da região”, esta foi a principal manchete do Diário da Região (diarioweb) hoje (8), divulgando que “de 63 cidades consultadas pela reportagem do Diário, em 30 foi registrado pelo menos um caso da doença neste ano. Os municípios, juntos, totalizam 1.222 infectados. Destas cidades, três - Barretos, Mira Estrela e Mirassol - já enfrentam uma epidemia da doença”, e Palestina está fora do mapa das cidades que oferecem risco da doença e da infestação do mosquito da dengue.  

O destaque mais preocupante da proliferação da dengue na região, segundo reportagem assinada por Elton Rodrigues, do Grupo Diário, fica por conta “dos três municípios líderes em números absolutos da doença - Barretos (480), Rio Preto (404) e Mirassol (171) – que representam 86% do total de casos da região, ou seja, 1.055. Porém, cidades menores e dos quatro cantos do noroeste paulista mostram que o vírus está espalhado. Em Pereira Barreto, por exemplo, 33 pessoas tiveram dengue. Já do lado oposto do mapa da região, casos foram registrados em Bebedouro, Palmares Paulista e Cajobi.


PALESTINA EM RELAÇÃO À TANABI E ORINDIÚVA

Palestina pode comemorar porque está de fora da ‘zona de perigo’, embora no gráfico anexo (Arte do Dário da Região), das 30 piores cidades regionais com notificações de casos estão relacionadas as vizinhas cidades de Tanabi (com 3 casos) e a pequena Orindiúva (com 4), o que não preocupa os 11.051 habitantes palestinenses, devido ao trabalho estrutural realizado nos últimos anos para bloquear uma possível ação contrária dos transmissores da dengue contra a população.

É o que garante Gilmar Aparecido Munhoz (46), ex-chefe do Departamento de Saúde da cidade, ao analisar que “nosso município encerrou o ano de 2012 com absoluto controle da procriação do mosquito Aedes aegypti e índice zero de casos de dengue, o que dá a total garantia de saúde à população e o conforto e tranqüilidade, à nova administração, do controle e da prevenção contra o mosquito, podendo iniciar um mandato sem esta preocupação de ordem pública”, comemorou Gilmar, que deixou o cargo por causa do final do período administrativo de Nicanor Nogueira Branco (PTB), onde era servidor público comissionado.


O TRABALHO DA COORDENADORA MÁRCIA GARCIA

De 2009 “a 2012, em poucos casos notificados, sendo alguns deles ainda ‘importados”, ou seja, procedentes de outras cidades e regiões, Gilmar Munhoz considera que o Departamento de Saúde de Palestina cumpriu a missão de manter todo o município em condição de bem-estar, pois “não teve epidemia e nenhum caso de maior gravidade, muito menos registro de mortes”.

E assegura que toda a preparação técnica e trabalho prático no combate à dengue, desempenhado pela Equipe de Controle de Vetores que tinha sob sua responsabilidade, continua sendo mantido com eficiência através da experiência e dedicação da Coordenadora do Setor da época dele, Márcia Garcia, que, por sorte, na opinião de Gilmar, permanece no cargo na nova administração, juntamente com quatro importantes agentes especialistas no trabalho de visitação residencial, responsável pelo rigoroso ‘pente-fino’ na investigação visando a detecção de focos das larvas que procriam os mosquitos, e uma completa erradicação de todo e qualquer ponto de propagação dos insetos.


BLOQUEIO PRÓXIMO AOS FOCOS E NEBULIZAÇÃO

“O trabalho de educação e orientação para que os próprios moradores encontrem e combatam com eficácia os pontos de desova do Aedes aegypti em casa, é fundamental. A equipe ensina que, em caso de constatação de focos suspeitos de proliferação dos insetos, a equipe municipal de controle de vetores seja chamada para desencadear uma ação mais ostensiva na exterminação da praga. E para isso tem equipamentos apropriados, inclusive para praticar a nebulização, coisa que ocorreu raríssimas vezes na cidade, em locais contaminados ou não com o vírus do agente transmissor, com o bloqueio de duas quadras em torno do local afetado, para uma ação expandida do ‘fumacê’, que é altamente eficiente para eliminar o mosquito adulto (voador)”, explica Gilmar.

Ainda segundo dados apontador por ele, Palestina passou por apuros em 2009 e 2010 com o maior número de notificações de casos suspeitos de dengue. Porém, com combate garantido em cem por cento das intervenções da equipe municipal de combate a vetores. E concluiu a entrevista realizada na redação do Jornal da Região na tarde desta sexta-feira (8), referindo-se com menções de elogio e agradecimentos aos seus antigos colegas de trabalho.

CONCLUSÃO DE GILMAR MUNHOZ

“Tenho muita gratidão pelo esforço de cada componente daquela nossa equipe de controle de vetores, que não mediu esforços e realmente mostrou capacitação no mais importante trabalho da Saúde em um município para evitar proliferação de mosquito e a contração da doença da dengue, evitando epidemia e mortes. Em nome da coordenadora da Equipe de Controle de Vetores, Márcia Garcia, parabenizo a todos e desejo que continuem avançando com a mesma capacidade mostrada nos últimos anos a ponto de deixar hoje Palestina fora de qualquer índice de existência de focos de mosquitos da dengue como vem sendo mostrados, por exemplo, em Orindiúva e Tanabi”.


GERAL: MATÉRIA DO DIÁRIO DA REGIÃO (DIARIOWEB)


Dengue faz mais de mil vítimas em 30 cidades da região
Elton Rodrigues     
 
A região noroeste do Estado vive um ano atípico com chuvas constantes e altas temperaturas, o que favorece a proliferação do Aedes aegypti


A região noroeste do Estado vive um ano atípico com chuvas constantes e altas temperaturas, o que favorece a proliferação do Aedes aegypti A área de atuação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, está em franca expansão. De 63 cidades consultadas pela reportagem do Diário, em 30 foi registrado pelo menos um caso da doença neste ano. Os municípios, juntos, totalizam 1.222 infectados. Destas cidades, três - Barretos, Mira Estrela e Mirassol - já enfrentam uma epidemia da doença.

Na cidade vizinha de Rio Preto, com 53.792 habitantes, são 171 casos. Já em Barretos, são 480 infectados em um universo de 112.101 moradores, Em Mira Estrela, com 2.820 habitantes, 23 casos foram confirmados. O Ministério da Saúde considera epidemia quando o local tem 300 casos para cada 100 mil habitantes. Para o infectologista Edval Rodrigues, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o número serve como um sinal de alerta para que os municípios intensifiquem o combate à doença.

De acordo com ele, a região noroeste do Estado vive um ano atípico com chuvas constantes e altas temperaturas, o que favorece a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. “Essa combinação de chuva e calor requer ainda mais a participação da população e do município na eliminação dos criadouros. Essa quantidade de casos mostra que o combate precisa ser melhorado”, afirma.

COMBATE

A chefe da Vigilância Epidemiológica de Mirassol, Mara Souto, confirma a epidemia. Ela garante, no entanto, que a Saúde tem feito ações de nebulização nos bairros afetados e a doença está controlada. Dos 30 bairros da cidade, pelo menos 21, ou seja 70%, tiveram pelo menos uma pessoa infectada pelo mosquito.

“Sempre que tem um caso confirmado, executamos ações de bloqueio nas proximidades do bairro das vítimas. Essas medidas têm surtido efeito e não estão ocorrendo novos casos nestes mesmos bairros”, diz. Em Barretos, a Secretaria Municipal de Saúde informou que foi iniciado na última terça-feira trabalho de nebulização com carro. A ação deverá abranger toda a cidade devido ao estado epidêmico da doença. A secretária de saúde, Naima Khatib, porém, não foi encontrada pela reportagem e não retornou as ligações feitas ao gabinete da secretaria.

Para o prefeito de Mira Estrela, Antonio Carlos do Prado, a epidemia ocorreu por conta de casos importados. “Muitas pessoas que viajaram ou moram fora trouxeram a doença, por isso virou epidemia. Estamos em parceria com a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) para fazer nebulização em toda a cidade”, diz.

Os agentes de saúde de ambos os municípios estão orientando a população a procurar uma unidade de saúde ao sentir os sintomas da doença: febre alta, dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele e dor abdominal. “Quanto mais cedo o paciente procurar uma unidade de saúde e o diagnóstico for feito, melhor será nosso trabalho de eliminação de criadouros e também nebulização no bairro deste doente”, afirma o prefeito de Mira Estrela.


QUADRO DIAGNOSTICADO EM TODA A REGIÃO



Os três municípios líderes em números absolutos da doença - Barretos (480), Rio Preto (404) e Mirassol (171) - representam 86% do total de casos da região, ou seja, 1.055. Porém, cidades menores e dos quatro cantos do noroeste paulista mostram que o vírus está espalhado. Em Pereira Barreto, por exemplo, 33 pessoas tiveram dengue. Já do lado oposto do mapa da região, casos foram registrados em Bebedouro, Palmares Paulista e Cajobi.

Em Fernandópolis são 38 infectados neste ano, enquanto em Novo Horizonte, distante 218 quilômetros, um caso foi confirmado. A reportagem procurou 81 município da área de circulação do Diário. Em 18 deles, os responsáveis pela Vigilância Epidemiológica não foram encontrados para informar o número de casos de dengue.

RIO PRETO REGISTRA MAIS 63 DOENTES

A Saúde de Rio Preto confirmou ontem mais 63 casos de dengue. Com os novos infectados, a cidade chega a 404 neste ano, uma média de pouco mais de dez casos por dia. As emergências de hospitais e de unidades de pronto- atendimento (UPAs) têm ficado cheias de pacientes com os sintomas da doença. No Ielar, um menino de 9 anos e uma mulher de 46 deram entrada na manhã de ontem com febre e dor no corpo e ficaram internados. Os dois foram encaminhados por postinhos de saúde dos bairros com suspeita de dengue.

Na Santa Casa, outros dois pacientes foram internados com a suspeita de terem sido infectados com o vírus. Um menino de 9 anos, morador do Anchieta, e um homem de 43 anos, que reside no Parque Industrial, estão no quarto, em estado estável. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, eles chegaram com febre, náusea, vômito e mialgia.

ALTA

O homem de 42 anos, que estava internado com dengue com complicação desde o 31 de janeiro no hospital Austa recebeu alta no final da tarde de anteontem. A vítima, moradora da Vila Imperial, teve febre, náusea, vômito e dor de cabeça, mas foi medicada e se recuperou. Um outro paciente, F.F.D., 26 anos, que estava com suspeita da doença também teve alta no final da tarde de anteontem.

H1n1

Um bebê de 10 meses está internado no hospital Austa com suspeita de Gripe A. A criança chegou à instituição na última quarta-feira em estado febril e com dificuldade de respirar. Segundo o hospital, o paciente está respirando espontaneamente (sem auxílio de aparelhos de oxigênio) e seu estado é considerado estável.


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