(Reproduzimos aqui apenas alguns trechos da reportagem de Allan de Abreu, que você pode ler na íntegra no Diário da Região, ou por este link do diarioweb ).
Com dívidas que somam R$ 181,5 milhões, 27 hospitais públicos da região de Rio Preto agonizam. As maiores vítimas são as Santas Casas, que apresentam rombo de R$ 156 milhões nas contas, decorrentes de impostos não pagos, empréstimos bancários, salários atrasados e calotes em fornecedores de medicamentos e material hospitalar.
A população sente na pele os efeitos da crise. Para evitar a explosão do déficit, a Santa Casa de Olímpia fechou seu pronto-socorro, enquanto em Votuporanga, que acumula dívida de R$ 23 milhões, foram suspensos todos os atendimentos de neurologia desde julho de 2012. Na última quarta-feira, um blecaute de uma hora e meia surpreendeu os médicos que faziam histerectomia (retirada do útero) em uma paciente na Santa Casa de General Salgado.
Movimento se reúne amanhã na Assembleia Legislativa
Mais de 200 representantes de Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o País irão se reunir amanhã pela manhã na Assembleia Legislativa, em São Paulo. O objetivo do movimento, batizado de “Tabela do SUS! Reajuste Já”, é pressionar o governo federal para reajustar o valor dos procedimentos médicos pagos pelo Ministério da Saúde.
Em Nova Granada, 129 leitos continuam fechados
Os baixos valores repassados pelo SUS contribuíram para que a Santa Casa de Nova Granada fechasse 129 leitos psiquiátricos em 2010. “A diária repassada pelo Ministério da Saúde é de R$ 42, mas só os médicos nos custam R$ 38 por dia. Por isso é inviável”, diz o provedor, Ralfo José Furtado.
Mesmo com o fechamento, o hospital mantém 15 funcionários que trabalhavam no setor psiquiátrico. “Não temos dinheiro para pagar a rescisão nos contratos”, justifica Furtado. A Santa Casa acumula dívidas de R$ 1,2 milhão. O Hospital Bezerra de Menezes, em Rio Preto, vive crise semelhante. O déficit, decorrente de impostos atrasados e empréstimos bancários, atinge R$ 4,5 milhões. Por isso, existe o risco de fechar 37 dos 197 leitos psiquiátricos, conforme o provedor, Gracio Tomaz Saturno. “O que nos aliviou foi um empréstimo bancário, que nos deu fôlego para mais uns 60 dias”, afirma.
Santas Casas ameaçam fechar as portas
Pelo menos duas Santas Casas da região, em General Salgado e Neves Paulista, correm o risco de fechar as portas ainda neste ano em decorrência da crise financeira. O hospital de Salgado acumula dívida previdenciária de R$ 2 milhões, e sobrevive apenas com a verba do SUS e o repasse de R$ 62 mil da prefeitura local.
Só 4 têm as contas em dia
Das 29 Santas Casas da região, apenas quatro estão com as contas em dia: Ibirá, Aparecida d’Oeste, Cardoso e Guaraci. “A ajuda da prefeitura é essencial para o equilíbrio das contas”, diz o provedor do hospital de Ibirá, João Renato Tavares.
![]() |
Destaque regional: em Nova Granada foram desativados leitos psiquiátricos em 2010 |
A população sente na pele os efeitos da crise. Para evitar a explosão do déficit, a Santa Casa de Olímpia fechou seu pronto-socorro, enquanto em Votuporanga, que acumula dívida de R$ 23 milhões, foram suspensos todos os atendimentos de neurologia desde julho de 2012. Na última quarta-feira, um blecaute de uma hora e meia surpreendeu os médicos que faziam histerectomia (retirada do útero) em uma paciente na Santa Casa de General Salgado.
Movimento se reúne amanhã na Assembleia Legislativa
Mais de 200 representantes de Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o País irão se reunir amanhã pela manhã na Assembleia Legislativa, em São Paulo. O objetivo do movimento, batizado de “Tabela do SUS! Reajuste Já”, é pressionar o governo federal para reajustar o valor dos procedimentos médicos pagos pelo Ministério da Saúde.
Em Nova Granada, 129 leitos continuam fechados
Os baixos valores repassados pelo SUS contribuíram para que a Santa Casa de Nova Granada fechasse 129 leitos psiquiátricos em 2010. “A diária repassada pelo Ministério da Saúde é de R$ 42, mas só os médicos nos custam R$ 38 por dia. Por isso é inviável”, diz o provedor, Ralfo José Furtado.
Mesmo com o fechamento, o hospital mantém 15 funcionários que trabalhavam no setor psiquiátrico. “Não temos dinheiro para pagar a rescisão nos contratos”, justifica Furtado. A Santa Casa acumula dívidas de R$ 1,2 milhão. O Hospital Bezerra de Menezes, em Rio Preto, vive crise semelhante. O déficit, decorrente de impostos atrasados e empréstimos bancários, atinge R$ 4,5 milhões. Por isso, existe o risco de fechar 37 dos 197 leitos psiquiátricos, conforme o provedor, Gracio Tomaz Saturno. “O que nos aliviou foi um empréstimo bancário, que nos deu fôlego para mais uns 60 dias”, afirma.
Santas Casas ameaçam fechar as portas
Pelo menos duas Santas Casas da região, em General Salgado e Neves Paulista, correm o risco de fechar as portas ainda neste ano em decorrência da crise financeira. O hospital de Salgado acumula dívida previdenciária de R$ 2 milhões, e sobrevive apenas com a verba do SUS e o repasse de R$ 62 mil da prefeitura local.
Só 4 têm as contas em dia
Das 29 Santas Casas da região, apenas quatro estão com as contas em dia: Ibirá, Aparecida d’Oeste, Cardoso e Guaraci. “A ajuda da prefeitura é essencial para o equilíbrio das contas”, diz o provedor do hospital de Ibirá, João Renato Tavares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário