JUSTIÇA AINDA NÃO DECIDIU SE HOUVE OU NÃO RACISMO E HOMOFOBIA DA PARTE DO DEPUTADO
A RESPOSTA DELE PARA PRETA GIL:
DEPOIS TENTOU CONSERTAR:
Veja o vídeo extraído do Portal UOL (Postado no Youtub pela TV Tube Rede Midial) com a declaração do deputado Jair no "CQC":
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Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) entregando sua defesa na Corregedoria da Câmara, em foto de Ailton de Freitas, da UOL, dia 14 de abril, às 15h46 |
Ainda não teve desfecho a representação assinada por 20 deputados do PSOL, PCdoB e PDT foi protocolada dia 29 de março, à noite, na Mesa Diretora da Câmara, pedindo à Corregedoria da Casa que investigasse os “comentários racistas” feitos por ele um dia antes no quadro O Povo que saber, do programa humorístico CQC (Custe o Que Custar), da Band, onde foi enquadrado em quatro representações de prática criminosa de racismo (contra a raça negra) e homofobia (homossexualismo em geral).
Na representação os deputados pediram a destituição do parlamentar carioca pelo seu partido, o PP, e também da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da qual ele faz parte. A presidenta da comissão, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS), uma das autoras da representação, acentuou que “uma pessoa que não defenda os direitos humanos não deve atuar na comissão voltada para esse fim”.
PRETA GIL QUER PROCESSÁ-LO
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A cantora alega que está enfurecida com o parlamentar |
Inconformada com o ocorrido a cantora Preta Gil quer processá-lo, com a acusação de racismo por parte do deputado, que continua negando ter preconceito contra negros, com o argumento que não entendeu a pergunta feita pela artista no quadro "O povo quer saber", no programa humorístico em rede aberta de TV.
Ela, que foi uma das participantes do CQC na rodada de perguntas ao político, acredita na condenação do deputado, baseado na resposta que recebeu dele ao considerar que o foi, “sem dúvidas, uma afronta contra a raça negra e pessoas do grupo LGBT, os transexuais, travestis, transgêneros lésbicas, gays, bissexuais, e simpatizantes”, disse ela.
Dia 13 de abril o deputado Bolsonaro entregou à Corregedoria da Câmara dos Deputados sua defesa contra as quatro representações que o acusam de tais crimes. Na ocasião negou que tenha sido racista e homofóbico nas declarações dadas ao programa "CQC", da Band.
A RESPOSTA DELE PARA PRETA GIL:
“Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”.
DEPOIS TENTOU CONSERTAR:
"Nego racismo. Eu disse que não admitiria que um filho meu tivesse relacionamento homossexual, e não relacionamento com uma pessoa negra.O que eu entendi é que [a pergunta era] se o meu filho tivesse relacionamento com um gay, como eu me comportaria. [...] Com todo certeza eu pisei na bola, eu não prestei atenção na pergunta. Você acha que um político ia responder aquilo?", retrucou.
VOCÊ SABE QUAL FOI A PERGUNTA DE PRETA GIL?
Convidada a enviar uma pergunta ao parlamentar, Preta quis saber como o deputado reagiria caso seu filho namorasse uma negra. Jair diz ter entendido como reagiria se um filho seu tivesse relacionamento gay. E deu a seguinte resposta: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu." Preta declarou no Twitter que vai tomar medidas legais contra o deputado federal.
Veja o vídeo extraído do Portal UOL (Postado no Youtub pela TV Tube Rede Midial) com a declaração do deputado Jair no "CQC":
COMUNICADO DO DEPUTADO
Íntegra do comunicado publicado no site de Bolsonaro, dia 29/abril:
"A respeito de minha resposta à cantora Preta Gil, veiculada no Programa CQC, da TV Bandeirantes, na noite do dia 28/03/2011, são oportunos alguns esclarecimentos. A resposta dada deve-se a errado entendimento da pergunta - percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay. Daí a resposta: “Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu.” Todos aqueles que assistam, integralmente, a minha participação no programa, poderão constatar que, em nenhum momento, manifestei qualquer expressão de racismo. Ao responder por que sou contra cotas raciais, afirmei ser contrário a qualquer cota e justifiquei explicando que não viajaria em um avião pilotado por cotista nem gostaria de ser operado por médico cotista, sem me referir a cor. O próprio apresentador, Marcelo Tas, ao comentar a entrevista, manifestou-se no sentido de que eu não deveria ter entendido a pergunta, o que realmente aconteceu. Reitero que não sou apologista do homossexualismo, por entender que tal prática não seja motivo de orgulho. Entretanto, não sou homofóbico e respeito as posições de cada um; com relação ao racismo, meus inúmeros amigos e funcionários afrodescendentes podem responder por mim."
MANIFESTAÇÃO DE PESSOAS CONTRA E A FAVOR DO DEPUTADO
ACABA EM PANCADARIA E POLÍCIA
Sábado, dia 9 de abril seis pessoas que foram detidas em manifestação pró e contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) já foram liberadas, informou por meio de nota a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. Pela manhã, os dois grupos se encontraram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista. A Polícia Militar foi acionada e fez um cordão de isolamento para conter os manifestantes.
Os suspeitos de crimes raciais foram detidos por policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), com a presença de policiais civis da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).
Segundo informações da Polícia Militar, aproximadamente 150 pessoas participaram do protesto, organizado quase duas semanas após o deputado federal dar uma entrevista ao programa CQC da Rede Bandeirantes. Respondendo a uma pergunta da cantora e apresentadora Preta Gil sobre o que faria se seu filho casasse com uma negra o deputado afirmou que não iria discutir "promiscuidade".
No mesmo programa, o deputado ainda afirmou que torturaria seu filho se o encontrasse fumando maconha e que não pensa que seu filho possa ser homossexual porque ele teve "boa educação".
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